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Estratégias Sucessórias: Inovação na Proteção Patrimonial e Redução de Custos

Foto do escritor: dagliasantisadvocadagliasantisadvoca


Em tempos recentes, a reflexão sobre o planejamento sucessório familiar deixou de ser exclusividade dos mais idosos, ganhando relevância entre os jovens, impulsionada pelo impacto imprevisto da pandemia de Covid-19. Além do luto inesperado, muitas famílias enfrentaram o desafio do inventário, percebendo, de maneira dolorosa, a perda patrimonial.


Diante desse cenário, famílias buscam alternativas para evitar a complexidade do inventário e proteger seus patrimônios. Entre as opções destacam-se o Testamento, a Doação em Vida com Reserva de Usufruto e a Holding Familiar.


Antes de explorar as distinções entre essas estratégias, é essencial recordar que o inventário, procedimento para apuração e partilha de bens após o falecimento, pode custar, em média, 10% a 40% do patrimônio, tornando-se uma preocupação financeira adicional em tempos já difíceis.


1. Testamento: Tradição e Complexidade


O Testamento, frequentemente associado ao planejamento sucessório, é reconhecido por muitos, mas sua implementação pode ser complexa. Requer atenção aos requisitos legais para evitar nulidades, sendo necessária uma análise especializada, especialmente em questões de legítima. Além disso, a abertura do testamento geralmente desencadeia o inventário, tornando-o uma opção custosa e demorada.


2. Doação em Vida com Reserva de Usufruto: Riscos e Limitações


Outra opção comum é a Doação em Vida com Reserva de Usufruto. Contudo, embora seja uma alternativa válida, apresenta desafios. Além de ser mais dispendiosa que a holding familiar, coloca em risco o controle do doador sobre os bens doados. A falta de flexibilidade, uma vez realizada a doação, e a necessidade de consentimento para transações futuras podem ser obstáculos significativos.


3. Holding Familiar: Eficiência e Controle Estratégico


A Holding Familiar, menos conhecida entre o público em geral, emerge como uma ferramenta eficaz. Os bens do patriarca/matriarca são transferidos para uma empresa (Célula Cofre), e as quotas sociais são doadas com reserva de usufruto aos herdeiros. Essa estrutura proporciona controle contínuo ao patriarca/matriarca, evita o inventário e oferece eficiência tributária.


Ao comparar essas estratégias, observamos que o Testamento e a Doação em Vida com Reserva de Usufruto, além de serem mais demorados e gerarem riscos e conflitos familiares, podem ser tão onerosos quanto um inventário. Em contraste, a Holding Familiar, mesmo sendo uma opção menos conhecida, destaca-se por sua eficiência e custo substancialmente menor.


Considerando o custo significativo do inventário, a Holding Familiar se destaca como uma escolha econômica e segura para preservação patrimonial. Ao abraçar essa inovação, as famílias podem gerenciar ativos de forma eficaz, assegurando controle estratégico e reduzindo as despesas associadas ao planejamento sucessório.


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